terça-feira, 18 de março de 2008

“Só quando transgredido alguma ordem o futuro se torna respirável” Mario Benedetti (Escritor Uruguaio)

Aos trabalhadores e trabalhadoras,

Hoje o transporte público serve para aumentar a riqueza de empresários. O nosso salário, conquistado com muito esforço, é em boa parte destinado para as contas bancárias dos donos das empresas de ônibus, de trem, de metrô e das barcas.
O transporte coletivo é realizado por empresas privadas, porém é uma concessão pública. Só que essa concessão em nada beneficia a população, o povo, que utiliza regularmente os serviços de transportes coletivos para ir e vir do seu trabalho.
A travessia Niterói-Rio de barcas transformou-se em verdadeiro calvário para os trabalhadores. Desde 2004 alertamos, através da realização de atos, a má qualidade dos serviços e o aumento abusivo das passagens. Em 2007 houve seguidos transtornos para os passageiros que utilizaram esse tipo de transporte. O que devemos fazer? Pedir o fim da concessão.
E porque o fim da concessão? Por que não atende a população de forma satisfatória, não cumpriu o próprio contrato de concessão e é uma questão de justiça, de reivindicar nossos direitos a um serviço de qualidade e barato, que não transforme uma simples travessia da Baía de Guanabara em um calvário, seja na hora de ir ou de voltar do trabalho.
A BARCAS S.A. não construiu o terminal de São Gonçalo e atrasou a construção de novas barcas. O prazo acabou, mas, para a surpresa (será mesmo?) da população, o governo do Estado passou a mão por cima, como se faz com um filho mimado, e aceitou as justificativas da empresa.
Em 2007, depois de uma série de acidentes, a Agência Reguladora (AGETRANSP) convocou uma audiência pública no prédio do DER, que só serviu para reclamação da própria empresa, uma vez que esta alegava prejuízo operacional e pedia ajuda ao governo estadual.
Depois disso, nada aconteceu, ou melhor, as filas aumentaram, a estação foi amontoada de quiosques e as instalações estão péssimas. A AGETRANSP e o Secretário Estadual de Transporte, Julio Lopes (PP-RJ), nada fizeram, ou melhor, fingiram que fizeram, com instalações de ouvidorias e visitas a estações durante a semana dos acidentes, sobre “pressão” da mídia corporativa.



Para piorar a situação, o BNDES financiou a construção das novas barcas, mesmo sem a empresa ter cumprido os termos do contrato de concessão. As novas barcas, que saem à conta- gotas, pelo incrível que pareça são piores que as velhas. Além disso, segundo os próprios jornais corporativos há suspeita de desvios de dinheiro. Na prática, isso só comprova as relações promíscuas do governo Sergio Cabral (PMDB) com a BARCAS S.A.

A BARCAS S.A: 1) não cumpriu os termos do acordo, e mesmo assim o BNDES financiou as novas barcas; 2) não presta um serviço eficiente e de qualidade, com filas enormes e atrasos; 3) as passagens são caras; 4) os terminais estão obsoletos e desconfortáveis; 5) há seguidos acidentes.

Os fatos estão colocados e só demonstram a necessidade de mudar esta situação. Os empresários só olham o LUCRO e o saldo no final do mês das suas contas, que são pagas com o nosso salário. Para modificar isso, só com a nossa união e ação direta, protestando pelos nossos direitos. FAÇAMOS NÓS COM AS NOSSAS PRÓPRIAS MÃOS TUDO AQUILO QUE NOS DIZ RESPEITO!

sexta-feira, 7 de março de 2008

REIVINDICAMOS:

- O fim da concessão para as BARCAS S.A.;
- Diminuição Imediata das Tarifas;
- Melhoria e ampliação dos terminais;
- Controle Popular dos Transportes, o povo decide o preço das tarifas;